quarta-feira, 30 de março de 2011

ALERTA II: Síndrome Metabólica, Será que vocês se encaixam nos critérios?

Vocês sabem o que é Síndrome Metabólica??Será que vocês se encaixam nos critérios??

Bom, tudo começa com a Obesidade e como ela é iniciada e mantida.

Há três componentes primários no sistema neuroendócrino envolvidos com a obesidade: o sistema aferente, que envolve a leptina e outros sinais de saciedade e de apetite de curto prazo; a unidade de pro­cessamento do sistema nervoso central; e o , um complexo de apetite, saciedade, efetores autonômicos e termogênicos, que leva ao estoque energético.
Pode-se alterar o balanço energético por aumento do consumo calórico, pela diminuição do gasto energético ou por ambos. Pode-se avaliar o consumo calórico por meio do hábito alimentar, usando diários alimentares ou listas de checagem de alimentos, mas a interpretação das informações precisa ser cuidadosamente analisada em razão de subestimação regular. Determina-se o gasto energético diário pela taxa metabólica basal (60% a 70%), pelo efeito térmico dos alimentos (10%) e pelo gasto de energia com atividade física.
Atividade física é o mais importante componente variável, representando cerca de 20% a 30% do gasto energético total em adultos.









Descreve-se hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e seu progressivo desequilíbrio associa-se a maior acúmulo de gordura visceral.

O grau I de obesidade engloba indivíduos com IMC entre 30 e 34,9 kg/m2. Chama-se de obesidade grau II o IMC entre 35 e 39,9 kg/m2 e grau III, o IMC igual ou superior a 40 kg/m.

Alguns medicamentos são usados para ajudar  a controlar e perder peso, porém não citarei nenhum deles aqui. E também porque não são efetivos a longo prazo,causando mais danos do que benefícios.

O US National Institutes of Health, na sua diretriz de 1998, avaliou 86 estudos controlados e randomi­zados sobre a efetividade de vários tipos de diferentes dietas até 1997. Vinte e cinco desses estudos tinham acompanhamento de pelo menos um ano. As conclusões dessa avaliaçã e de outras revisões da British Nutrition Foundation, da American Association of Clinical Endocrinologists e do Scottish Intercollegia­te Guidelines Network sugerem o seguinte, em relação à dieta e à perda de peso, assumindo-se que o gasto energético não muda:
• Uma dieta planejada individualmente para criar um déficit de 500 a 1.000 kcal deveria ser parte integrante de qualquer programa de perda de peso que objetive diminuição de 0,5 a 1 kg por semana.
• Dietas de baixas calorias, com 1.000 a 1.200 kcal por dia, reduzem em média 8% do peso corporal, em três a seis meses, com diminuição de gordura abdominal. Estudos de longo prazo mostram perda média de 4% em três a cinco anos.
• Dietas de baixíssimas calorias, com 400 a 800 kcal por dia, produzem perda de peso maior em curto prazo, em comparação às dietas de baixas calorias. Entretanto, em longo prazo, no período de um ano, a perda de peso é similar.

A síndrome metabólica (SM), também chamada de síndrome X ou síndrome de resistência à insulina, é caracterizada pela associação variável de fatores de risco cardiovasculares como resistência a insulina, obesidade visceral, central ou androgênica, dislipidemia aterogênica e hipertensão arterial sistêmica (HAS), permitindo, assim, identificar pacientes com alto risco de desenvolver doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA) e diabetes melito tipo 2. Mesmo entre os indivíduos com peso corpóreo dentro da faixa da normalidade, a obesidade central pode elevar o risco de HAS, diabetes melito, aterosclerose, elevação de citocinas inflamatórias (interleucina-6 e fator de necrose tumoral alfa) e de hormônios do tecido adiposo (lipase, estrogênio, adiponectina e insulina) e, entre as mulheres, o de câncer de mama.

A associação da síndrome metabólica com doença cardiovascular aumenta a mortalidade geral em 1,5 vez e a mortalidade cardiovascular em 2,5 vezes.

Tabela 5: Recomendações para o tratamento da síndrome metabólica (SM)
Componente da SM
Valor de corte
Objetivo
Recomendações
Observações
Hipertensão arterial
130/85 mmHg
< 130/80 mmHg
Tratamento não farmacológico
Tratamento farmacológico:
1) IECA ou BRA
2) ACC ou betabloqueador com propriedade vasodilatadora
Tiazídicos devem ser evitados como monoterapia ou em alta dose
Betabloqueadores devem ser evitados se não houver indicação precisa
Dislipidemia
TG > 150 mg/dL
Homens: HDL < 40
Mulheres: HDL < 50
LDL < 75 mg/dL
Tratamento não farmacológico
Estatinas isoladas ou com ezetimibe
Fibratos outros que genfibrozil em combinação com estatinas

Alteração da glicemia de jejum
> 110 mg/dL
< 100 mg/dL
Tratamento não-farmacológico
1)               Glitazonas
2)               Metformina
GTT deve ser realizado com a glicemia de jejum > 100 mg/dL
Hipercoagulabilidade
Em pacientes com alto risco ou com creatinina > 1,4 mg/dL
Antiagregante plaquetário
AAS
Evitar se a PA não está sob controle
AAS: ácido acetilsalicílico; ACC: antagonista dos canais de cálcio; BRA: bloqueador do receptor da angiotensina; GTT: teste de tolerância à glicose; HDL: lipoproteínas de alta densidade; IECA: inibidor da enzima de conversão da angiotensina; LDL: lipoproteína de baixa densidade; SM: síndrome metabólica; TG: triglicerídios.

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